Os Mutantes parece caminhar de vez para uma história voltada ao público jovem. Com uma história pueril e estética de contos de fadas, a novela se desenvolve de forma ingênua, mas potencialmente atrativa ao público infanto-juvenil.
No momento, a trama resume-se ao iminente combate entre o povo Reptiliano - ou seja, os extraterrestres que querem dominar o planeta - contra o reino de Agartha, civilização benévola que perdura no centro da Terra, mas que, em Os Mutantes, é composta pelos Atlantes - remanescentes de Atlântida, o continente submerso - que, não se sabe como, foram parar lá.
O enredo confuso é pautado numa mistureba de lendas, o que dificulta um pouco o entendimento das histórias da mitologia e da própria novela. De qualquer maneira, as cenas de combate entre os poderosos do bem e do mal parecem segurar a média de 14 pontos no Ibope.
No elenco, o destaque fica por conta de Flávia Monteiro, que interpreta Viviane, a ex-mulher desequilibrada de Guiga, vivido por Eduardo Lago. Na trama, ela explora os poderes de sua filha Clara, de Shaila Arceni, para ganhar dinheiro. Flávia Monteiro em nenhum momento lembra a mocinha Carolina, sua personagem de maior destaque na TV, que interpretou em Chiquititas.
Já o casal co-protagonista e desmemoriado Marcos Pitombo e Maytê Piragibe, que interpretam Valente e Nati, parece não ter emplacado. O uso descomedido do recurso "quem sou?" deixa a história dos dois um pouco entediante.
Com um elenco tão grande, o uso de flashbacks foi uma alternativa inteligente para fazer o espectador lembrar da história dos personagens ¿ que são muitos, ainda que boa parte tenha sido providencialmente abduzida.
No mais, com exceção do texto demasiadamente didático, tudo vai bem. Os efeitos especiais não chegam a ser ruins. A produção é caprichada. E os atores que não se destacam pela atuação, conseguem embelezar o cenário. Agora, resta saber que rumo a história vai tomar após a batalha entre os dois povos, que já começou a acontecer.
Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário