
A Rede Record comemora neste sábado, 27 de setembro, 55 anos de história. A emissora fundada por Paulo Machado de Carvalho em 1953 vive hoje um dos seus melhores momentos de sua história e detém o orgulhoso título de único canal dos tempos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek a sobreviver até os dias de hoje, embora com uma missão totalmente diferenciada da inicial.
A Record foi ao ar pela primeira vez às 20h53, com um musical comandado por Sandra Amaral e Hélio Ansaldo. Era o começo do fim do monopólio da Tupi. Os primeiros anos da TV foram marcados por grandes shows e humorísticos, tornando-se uma opção a tradicional concorrente. A primeira década também ficou marcada por vários títulos inéditos como o primeiro seriado produzido no Brasil, Capitão 7, que durou 12 anos. Também foi pioneira na transmissão da primeira partida de futebol, realizada entre Santos e Palmeiras - com vitória do time do litoral paulista - no dia 18 de setembro de 1955.

A década de 70 foi marcada por menos brilho em sua programação. Em 1972, Silvio Santos compra 50% das ações da Record e o título de liderança foi passado para a Rede Globo. Nos anos 80, o famoso termo "Década Perdida" também foi emprestado à Record. A audiência continua a cair pois os olhares do dono do Baú eram dirigidos à TVS, o que fazia da histórica rede apenas uma retransmissora.

Apesar da profecia de Silvio Santos não ter ser cumprido por completo e a Record não ter se transformado em uma igreja eletrônica, em alguns pontos o empresário estava certo. Com baixos índices de audiência, foram anos de ostracismo. Prejuízos eram adquiridos ano após ano e salvos pela injeção de um alto capital oriundo da Igreja Universal na compra de alguns horários. A cobertura foi crescendo e cidades como Goiânia, Florianópolis e Salvador foram anexadas à lista de cidades com exibição do canal.

A real reviravolta se deu em 2004, quando a emissora tirou grandes atores, produtores, jornalistas, escritores e técnicos da Globo para participarem do projeto "A caminho da liderança". A novela A Escrava Isaura, remake escrito por Tiago Santiago do livro de Bernardo Guimarães e que já tinha sido produzido pela concorrente foi então a primeira trama escolhida para inaugurar um novo horário de dramaturgia. 2005 foi marcado pela inauguração dos estúdios cariocas que iriam produzir as próximas novelas. A estreante no Rio de Janeiro foi Prova de Amor, símbolo da consolidação dramatúrgica da rede. Já em 2006 em franco ritmo de crescimento, a Record já estava pronta e inaugurou então o segundo horário de novelas com Cidadão Brasileiro, de Lauro César Muniz que também veio da concorrente. O ano também foi marcado pela criação do terceiro horário com a jovem Alta Estação - a Malhação da Record, mas que foi extinto em menos de 1 ano pelas baixas na audiência.

A meta continua sendo a liderança e cerca de metade do caminho já foi percorrido. Hoje a Record tem pouco menos de 50% da audiência da rival carioca e apesar de ainda não ter consolidado a vice-liderança em alguns horários dominados pelo SBT, é a menor distância que existe entre as duas históricas concorrentes desde a década de 70. Para comemorar os 55 anos, especiais já estão sendo gravados e novidades na programação devem chegar na reta final de 2008. Na próxima semana, o Repórter Record e o Câmera Record irão retratar os mais destacantes momentos do canal.
Na Telinha
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