CENA 19. CELA DOS BEBÊS. INT. DIA
CONT. DA CENA 5 DO CAP. ANTERIOR.
MARIANA — Foi Platão, o filósofo grego, quem trouxe ao mundo pela primeira vez a história de Atlântida, em 370 Antes de Cristo. Ele escreveu sobre o continente perdido em dois de seus diálogos, “Timeus” e “Crítias”. Disse que o continente foi destruído dez mil anos antes, e que ficava no Oceano Atlântico.
PERPÉTUA — Mas será que esse continente existiu mesmo?
MARIANA — Teorias não faltam! Vocês sabiam que já foram escritos mais de vinte mil livros sobre Atlântida? Platão foi só o primeiro a tocar no assunto! Ele descreve a existência de uma nação criada por Atlas, filho de Poseidon, o deus do mar. A capital era uma maravilha de arquitetura e engenharia, composta por uma série de paredes e canais concêntricos. Bem no centro havia um monte, com um templo para Poseidon. Era um templo belíssimo, com uma estátua do deus do mar dirigindo seis cavalos alados, rodeado por cem nereidas, as ninfas do mar. Tudo de ouro! A civilização atlante era muito avançada. Lá, floresciam as artes, as ciências e os ofícios, e seus habitantes realizavam viagens por todo o planeta, levando com eles sua cultura e civilização.
BIANCA — Mas então como foi que isso tudo sumiu, gente?
MARIANA — O mais provável é que o mar tenha engolido o continente durante um grande dilúvio...
LEONOR — E parece que quando as águas começaram a subir, os atlantes – que eram um povo de grande tecnologia, um povo que já fazia experiências genéticas – eles procuraram o fundo da terra para sobreviver... e descobriram que a Terra é oca!
BIANCA — Gente, será possível uma coisa dessas? Que eu saiba a Terra é cheia de lava vulcânica... de magma... muito quente...
PERPÉTUA — Eu acredito que a terra não seja totalmente sólida...
MARIANA — Há quem acredite até que exista um sol debaixo da terra!... Um pequeno sol interior no planeta... E esta teoria da terra oca aparece na enciclopédia, é só pesquisar... O primeiro a citá-la foi um cientista americano, John Symmes, no século 19. Ele afirmava que a terra era oca, que os pólos norte e sul eram as principais entradas para o mundo subterrâneo e que as auroras boreais seriam o reflexo desse sol existente no interior do planeta.
BIANCA — Vocês querem dizer que os atlantes sobreviveram ao dilúvio vivendo no fundo da terra?
LEONOR — Isso! E eles fundaram um outro mundo, subterrâneo, chamado Agartha...
MARIANA — Agartha também está nas enciclopédias e faz parte de diversas culturas no mundo todo. O herói babilônio Gilgamesh, por exemplo, narra uma visita a seu antepassado Utnapishtim nas entranhas da Terra; na mitologia grega, Orfeu resgatou Eurídice do inferno subterrâneo; os faraós do Egito desciam ao mundo inferior através de túneis secretos ocultos nas pirâmides; e na Índia, quase todos acreditam que milhões de seres vivem em Agharta, um verdadeiro paraíso subterrâneo. Sua capital é Shambala, ou a cidade do arco-íris. E seus habitantes, os descendentes dos atlantes, teriam criado uma civilização extremamente avançada cientificamente, utilizando as saídas nos pólos norte e sul para visitar o espaço com seus discos voadores....
LEONOR — Shambala... Também chamada de Shangri-la.
BIANCA — Uma cidade no centro da terra?
PERPÉTUA — De onde saem discos voadores? Gente, que viagem!
LEONOR — Mas por que uma civilização tão avançada ia querer espalhar mutantes perigosos no planeta Terra?
MARIANA — Talvez não tenham sido eles, os intraterrestres... Talvez tenham sido outros, os extraterrestres... Existem outras civilizações adiantadíssimas, uma confederação interplanetária... e especialmente existem suspeitas de que os reptilianos podem estar fazendo experiências com cobaias humanas!
BIANCA — Reptilianos?
LEONOR — Já ouvi falar dos reptilianos. Eles são muito perigosos.
PERPÉTUA — Meu, a cada dia que passa... tudo fica mais sinistro!
CORTA PARA
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